Guiados por cegos
Já ouvimos muito falar da senhora idosa, num canto da rua, confusa e hesitante na tentativa de fazer a travessia diante de um tráfego intenso. Receosa, ela não conseguia sair do lugar. Finalmente apareceu um cavalheiro que, tocando-lhe, perguntou se poderia atravessar a rua com ela. Alegre e muito agradecida, a senhora tomou o seu braço e juntos partiram em direção ao lado oposto. Foi então que ela começou a ficar mais apavorada ao ver que o cavalheiro ziguezagueava pelo meio da rua enquanto buzinas soavam e travões eram acionados, com motoristas dizendo palavras ofensivas. Quando finalmente chegaram ao outro lado, ela, furiosa, disse-lhe:
- Você quase nos matou. Você caminha como se fosse cego!"
Ao que o cavalheiro respondeu:
- Você quase nos matou. Você caminha como se fosse cego!"
Ao que o cavalheiro respondeu:
- "Mas eu sou. Foi por isso que lhe perguntei se poderia atravessar junto com a senhora."
Em muitas ocasiões encontramo-nos aflitos e temerosos diante de situações difíceis e, aparentemente, sem solução. Ficamos fragilizados e hesitantes e, quando aparece alguém propondo uma saída, logo abraçamos a nova possibilidade sem o cuidado de verificar se estamos pisando terra firme ou dirigindo-nos a um precipício.
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