sábado, 11 de junho de 2011

Ardo em saudades...


O que mais custa, não é a passagem das semanas, nem dos dias… são as horas e os minutos que se arrastam, fazem arder a pele e incendeiam o desejo. Cada minuto é uma chama viva dentro de mim que incendeia as recordações do nosso amor. Queima em mim a memória daquilo que vivemos como uma espécie de labareda que arde devagarinho, consumindo-me lentamente, transformando em cinzas toda a minha existência. Este corpo que já ardeu de prazer perdido nas crepitações do fogo do teu corpo, hoje nada mais é do que um terreno queimado, devastado, infértil. Esta boca, onde outrora depositaste os teus beijos ardentes, hoje está seca, à míngua da água da tua fonte. Apenas dos meus olhos escorrem rios, plenos de lágrimas salgadas, que em vão tentam acalmar este estado febril. Ardo em saudades…