quarta-feira, 3 de junho de 2009

Viva Com Saúde


Saúde de Ferro



A carência deste mineral é a deficiência nutricional mais comum no mundo e a principal causa da anemia.
O ferro é um nutriente fundamental para o Homem, não só porque actua na produção das células vermelhas do sangue e no transporte do oxigénio, através da hemoglobina, mas também porque é um componente de enzimas vital para a produção de energia.
Os alimentos têm dois tipos de ferro - heme e não heme -, que se distinguem consoante a origem e a forma como são absorvidos pelo corpo. O primeiro é oriundo principalmente dos produtos animais, com destaque para o fígado, rins, coração, mariscos crus e carnes de aves e peixes. Já o ferro não-heme está presente nos vegetais, ovos e leguminosas, mas é muito menos absorvido que ferro heme. A sua absorção está, em grande parte, dependente da presença de outros alimentos, sobretudo os que são ricos em vitamina C, como brócolos, couves, tomates ou citrinos. Vários estudos demonstraram, por exemplo, que a quantidade de ferro absorvida (através de cereais de pequeno-almoço) duplicava ou triplicava caso na mesma refeição se ingerisse uma laranja grande ou sumo de laranja. Por outro lado, alguns alimentos ou bebidas bloqueiam a absorção de ferro, como é o caso das bebidas com taninos, presentes no chá e no café.

Ferro e anemia
A anemia por deficiência de ferro é o problema alimentar mais comum no mundo, estimando-se estar presente em cerca de um bilião de pessoas. Este problema revela-se através de palidez, ulcerações na língua, apatia, fraqueza com diminuição da função muscular e alterações no comportamento cognitivo. Alguns estudos associam-na também à queda de produtividade dos trabalhadores e à diminuição da resistência às infecções.
Uma alimentação desequilibrada, tal como as hemorragias, que provocam uma perda de ferro, dão origem a uma deficiência deste mineral que se deve tratar com suplementos alimentares. A sua carência afecta, sobretudo, as crianças e as mulheres que amamentam, mas também os idosos. É provável que se verifique, igualmente, durante a gravidez, já que a mãe tem de fornecer uma grande quantidade de ferro ao feto em desenvolvimento. As raparigas adolescentes em processo de crescimento e que começam a menstruar também podem correr o risco de desenvolver uma anemia provocada por deficiência de ferro, se seguirem dietas que excluam a carne.


Dose recomendada e contra indicações
As necessidades diárias de ferro variam consoante a idade, o sexo e a fase fisiológica de cada indivíduo. Em média, os homens adultos necessitam de 10 mg/dia, as mulheres 15 mg/dia e o dobro em caso de gravidez, enquanto que as necessidades das crianças variam de 6 a 12 mg/dia.
Os desportistas e as pessoas que suam muito, os consumidores de chá, café, álcool, e as pessoas afectadas por anemia ferripriva (por carência de ferro) necessitam de doses mais elevadas na sua dieta alimentar. Os vegetarianos também podem necessitar de mais ferro porque consomem ferro (não heme) de menor absorção, presente nos vegetais. Neste caso, são aconselhadas 14mg/dia para os homens, 33 mg para as mulheres e 26 para as adolescentes.
O ferro armazena-se no organismo e, portanto, a toxicidade pode resultar de uma ingestão excessiva crónica, que produz hemosiderose (depósitos generalizados de ferro nos tecidos) ou hemocromatose, normalmente uma situação hereditária que provoca cirrose no fígado, pigmentação bronzeada da pele, diabetes, artrite e anomalias cardíacas. No entanto, ambos os casos são extremamente raros como consequência de um regime alimentar, pelo que, regra geral, só se poderá chegar à toxicidade se houver um uso exagerado na sua forma medicamentosa. A sobredosagem aguda, calculada para o adulto, é de 180-300 mg/dia.

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