Suspiros 100 sentido...
Ai suspiros poéticos meus,
saudades e mais saudades
devaneios e tristezas...
a poesia, é subjectiva e sonhadora e eu,
diferente não sou.
Passo o tempo e descrevo paisagens vagas
e meus momentos transformam-se em entusiasmos
e se olho as tendências que circulam à minha volta,
visto o casaco e vou-me embora.
O que é místico não me apavora
e se entendo que é atraentemente belo,
são sintomas da arte que me invade o coração
como se fosse uma religião a que eu assisto...
e os poemas são meus dias,
as palavras, mesmo tortas e sem entendimento,
chegam e desabrocham meu ser mais interno,
tudo me parece mais bonito
e se olho eu vejo e logo desacredito.
O instinto fala-me mais alto,
e o tédio será a melancolia
que me abraça todo o dia cinzento,
porque o mundo cai nesta forma
mais destrutiva e de difícil visão
que marca a sensualidade do verão,
como aves soltas no céu
e seus ninhos agonizam sozinhos
nas sombras de um escritor meio perdido.
A linguagem que teima em soltar palavras partidas,
declamam amores de distanciamento,
as palavras ficam esvaziadas.
O dia seguinte sempre chega
e o que se avizinha é a dança à chuva,
e as estrelas que sempre busco,
estão na escuridão para ver o sol poisar
no mar reluzente de paixão,
que me traz a inquietude.
Os astros não trazem sorrisos,
apenas uma voz frívola
para que o mundo se abaste de teimosia
e são penetrantes os olhares,
preciso da musica,
das serenatas vivas
para a dor ser a melodia pródiga,
teimosia de encanto
para ver em teu rosto a ternura da simplicidade.
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