terça-feira, 30 de junho de 2009

À Conversa Com...



DJ Pedro Cazanova



Pedro Cazanova começou a dar os primeiros passos enquanto deejay num pequeno bar do qual a mãe era proprietária, entretanto começaram a aparecer convites para diversas festas e eventos e afirmou-se como deejay, tendo passado também como residente por diversos espaços de Lisboa. Conhecemo-lo pelo percurso estável, pela humildade com se cruza na cabine com os grandes nomes da cena de dança nacional e internacional e pelas várias produções que
deslumbraram e electrizaram os mais cépticos. “Selfish Love”, o trabalho mais recente do deejay e produtor, tem feito furor nas pistas de dança. Entre diversos projectos de produção em mãos e gigs um pouco por todo Mundo, Cazanova está agora nas mãos da WDB Management, para que possa se dedicar com tranquilidade ao djing e produção.



Como é que surgiu a vontade de mexer nos discos?
Foi um processo natural. Comecei a gostar de estar atrás da cabine e a partir desse momento decidi que era assim que iria ser a minha vida. Acho que nem pensei muito sobre o assunto de tão clara que era a resposta.

Que idade tinhas?
Devia ter uns 17 anos e foi no antigo Saturday.

Já fizeste residências em espaços de animação nocturna?
Sim, várias… A primeira que tive foi nos After-Hours da Dudeelight, que foram primeiro no Models e depois no Garage.

Consideras que têm um papel importante no percurso do disc-jockey?
Claro que sim. Ser residente acarreta sempre uma grande responsabilidade. Tens de ter equilíbrio e ponderação da tua musicalidade para ganhar o público, mas também ceder espaço para que os convidados possam desenvolver o seu trabalho. Assim e, outra das questões importantes, é que aprendemos a ter mais visão de pista e isso ajuda-te quando estás fora do teu “habitat natural”.

A imagem do DJ é importante?
Sim, claro. Vivemos num Mundo dominado pela imagem por isso temos de a levar em conta. Mas, ainda que haja ditadura da mesma, não é a imagem que faz um discjockey!

Como defines o teu estilo musical?
Sempre, sempre House Music. Sou um apaixonado pelo vocal House, logo, faço desse estilo o meu.

Achas que o DJ deve adaptar o som à casa, ou a casa é que se deve adaptar ao som?
Ambas as situações têm de se coordenar para que a noite corra bem. Por vezes, o público está muito habituado a uma sonoridade e quando o deejay convidado, já é diferente… Mas na condição de convidado tens sempre de arriscar e mostrar o teu som, mesmo que o tenhas de equilibrar com aquilo a que o público possa estar mais habituado.

Sei que é difícil, mas se puderes apontar uma cabine, ou uma pista de dança, qual seria?
Impossível de responder! Há cada vez mais cabines e pistas de dança muito, muito boas!

Quais foram os nomes com quem já partilhaste a cabine?
São tantos… Mas algumas minhas referências são, Little Louie Vega, Erick Morillo, DJ Gregory, Brett Johnson, DJ Sneak, Justin Harris, Luke Solomon, Dennis Ferrer, Miguel Migs, Copyright, Claude Monnet, Shovel, Kentphonik, DJ Vibe, Carlos Manaça, Xl Garcia e Jiggy…

Como foi a experiência?
Tocar com outros deejays é sempre óptimo! Trocas impressões e ideias… E não importa com que nome o faças… acabas sempre por aprender algo!

Sendo Lisboa a capital e onde existe maior oferta é fácil ser-se deejay?
Não, Lisboa não é mais fácil. É como em todo o lado, quem trabalha acaba por ver o seu esforço recompensado.

Como é que surge a produção?
Curiosamente exactamente como o djiing, foi tudo um pouco por brincadeira…

Se tivesses que optar entre o djing e a produção qual seria?
Perguntas com respostas impossíveis! Não saberia nem poderia nunca optar por uma das coisas. São as duas partes integrantes da minha vida e, essenciais nela.

Tens assinado alguns trabalhos de música. Fala-nos um pouco disso… Quais os teus preferidos?
Não tenho temas favoritos dentro do que produzo, isso seria como ter dois filhos e gostar mais de um do que de outro (risos) … Gosto de todos os trabalhos que faço, o que os diferencia é o tipo de aceitação que o público tem sobre eles.

“Selfish Love” tem feito furor nas pistas de dança…
Foi um trabalho fácil de produzir?

Voltando à conversa dos filhos… (risos) nenhum parto é fácil. Mas sem brincadeiras ou falsas modéstias o “Selfish Love” não foi um trabalho difícil de produzir… Foi um bom momento de inspiração, um tema feito com a dedicação habitual e estou bastante contente que esteja a ter tanta aceitação.

De onde vem a inspiração?
Do trabalho! Trabalho e inspiração andam sempre ligados. No meu caso pessoal, a inspiração tem também a ver com o meu estado de espírito… Se estou mais feliz, mais enervado com o trânsito (risos).

Depois de terminado, a sensação é de?
Expectativa. Fico sempre contente com o feedback que tenho. Claro que é mais acolhedor quando as pessoas gostam do meu trabalho, mas quando as opiniões são menos positivas aproveito sempre para perceber o que poderia ter melhorado.

Como vês o momento actual do mercado do djing?
O djiing é um mercado em crescimento. Cada vez há mais e melhores disc-jockeys que se assumem no mercado. O djiing é um fenómeno global e a dance culture arrasta cada vez mais gente o que é positivo para todos.

E a noite, como está?
Muito, muito bem, e recomenda-se!

O que é que te falta fazer?
Há tanta coisa que me falta… Viajar, ver ainda mais vezes o nascer do sol… Mas sobretudo estar presente cada vez mais em projectos bons! Da produção ao djiing…

Projectos?
A curto-prazo quero continuar a produzir. Para o poder fazer com total tranquilidade acabei de entregar o management da minha carreira à WDB, agência que agora me representa em exclusivo. Desta forma e, mantendo cada vez mais activa a minha faceta de deejay vou ter hipótese de continuar a produzir com trabalho e inspiração! Portanto esperem mais de Pedro Cazanova para breve!




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