segunda-feira, 25 de maio de 2009

Um Poema, Uma Música, Uma Recordação...



POR FAVOR DESLIGUE O COTONETE



Eu, eternamente, respiro-te!



Ficam aqui, o resto dos dias.

Porque me faltam gestos
e as palavras tornam-se vãs.

Os meus gestos tão mortos.
São como pedras frias...
ainda assim, a minha amada sorri!

Tudo porque me ama,
tudo porque sou o seu Sol...

...mas perdi os raios que aquecem
e sinto-me apenas invernia,
de sorrisos cristalizados pelo meu próprio frio.

Na debandada dos bandos de beijos,
rolam-me as lágrimas pelo rosto.

Deste ser imperfeito,
resta apenas, a mão estendida,
repleta de palavras mortas
e gestos quebradiços.

Doem-me as asas.
Abraço-me.
Como se fora o teu abraço.
Abraço-me com força, até fazer sangrar a alma!

Ficam aqui, as palavras, para o resto dos dias.
Mas eu, eternamente, respiro-te!

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