Já nada é meu...
Quero esquecer-me
Penetrar num mundo de ilusão
Esquecer quem sou…o que faço
Desejo diluir-me em recordações
Outrora vividas repleta de comemorações
Sim…eu…quero apagar-me
Fundir-me num mundo que não é meu.
Pasta terrena que não me diz nada
Terracota de sensações… não existe.
Dor apoderada nesta pedra
Bate ao compasso de pulsações
Flui nas veias pó diluído em ácido.
Flamejam lágrimas vindas do nada.
Sou dormente… a vida passa…nada acontece
Rastejo-me…pedindo licença para caminhar
Alcatrão de destino no qual navego.
Fogueira ardente de querer ser gente.
Lamaçal no qual me atolo…e nada faço!
Marca de água a minha existência
Continuidade perdida num futuro ausente
Já nada possuo…já nada é meu.
A ti meu amor… pedaço de mim
Último pedaço do sentir …
Último pedaço do conjugar
Amar…sempre amar…
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