sexta-feira, 26 de junho de 2009

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Falsificadores passam por inspectores da PJ



O preço era o mesmo para todos: 1500 euros adiantados. E a dupla de falsários, de 37 e 59 anos, arranjava uma carta de condução ao comprador, livrando-o dos exames teóricos e práticos. Os impressos eram verdadeiros, mas a carta de condução era uma falsificação. A perfeição da dupla era tanta que chegou até para falsificar cartões de identificação da PJ.
Com cadastro por tráfico de droga, os dois falsificadores (ambos do concelho de Palmela) efectuavam frequentes deslocações para angariar clientes. E, segundo disse o inspector-chefe Júlio Barbas, porta-voz da PJ de Setúbal, "chegaram a usar os cartões de inspectores da PJ para andar gratuitamente nos transportes".
Com fortes conhecimentos de informática, os dois homens terão angariado clientes em toda a Margem Sul do Tejo. "Trata-se de pessoas sem as habilitações literárias mínimas (9º ano) para a carta de condução ou com dificuldades em obter aprovação nos exames", acrescentou Júlio Barbas.
Com os dados dos compradores, os dois homens criaram um laboratório de falsificação numa casa do concelho de Palmela, usando material informático para forjar as cartas de condução, feitas em cartões com banda magnética. O comprador nem suspeitava que o título era uma falsificação.
Anteontem, a Polícia Judiciária deteve-os em flagrante, apreendendo cem cartas de condução prontas a entregar, guias de substituição e 700 cartões com banda magnética. O mais novo ficou em prisão domiciliária e o outro em preventiva.

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