sexta-feira, 8 de maio de 2009
Um Poema Para Ti II
A felicidade existe...
No silêncio profundo da noite escura.
Perdido do meu corpo,
que já não me pertence...
Entrego-me na busca incessante da tua alma,
que se encontra,
nas sombras da floresta
dos murmúrios que nos fustigam.
Uma alma que vagueia sem destino nenhum,
apenas procurando
por outra que gémea se lhe assemelhe,
que de sentimentos cheia,
outros tantos sentimentos procura.
Desprezamos o que é meramente mortal
e oferecemo-nos a eternidade,
num mundo,
onde o tempo não existe
e apenas os sentidos
semeiam a luxúria
que nem os corpos podiam imaginar existir,
sentir ou desejar...
Porque,
neste espaço fechado onde eu te possuo,
apenas existe o meu ser e o teu,
ambos unidos pela sede de estar juntos,
pela vontade de quebrar as regras
que a gravidade impões aos corpos
e que enquanto almas não padecemos.
Estas emoções,
por tanto tempo aprisionadas
sobre as grades de vidas diferentes
e caminhos mal trilhados,
explodem,
numa vaga enorme,
que se arrasta por todo o oceano.
Libertando as suas forças
ao chegar à areia da praia,
adormecendo sobre ela,
como tu adormeces sobre o meu colo
que te ampara e protege da tempestade da vida,
afagando-te os cabelos
e deixando-te dormir
como se faz a uma criança.
É neste turbilhão de emoções
que as nossas almas encontram a paz,
que os corpos não podem jamais sentir.
É nesta paz, que o amor atinge a eternidade,
e que acreditamos que a felicidade existe.
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