Quando a noite chega...
Quando a noite chega,
o corpo fixa,
inunda a alma,
às avessas,
desnuda...
E transforma-se...
O abismo,
o desespero,
o encontro no desencontro,
dois elos desconhecidos no universo,
dois faróis que cegam a realidade...
Então vem a noite,
a tristeza,
o tédio,
a dôr e a saudade,
o sorriso que desabrocha
no rosto de uma desconhecida...
Uso então uns óculos escuros
para dar um colorido à alma,
e finjo que não tenho medo...
Medo da solidão,
medo da tristeza,
medos dos fantasmas
que vagueiam pela ruas desertas...
Quando a noite cai,
eu finjo que é dia,
e atrás da minha sombra,
caminho,
pensativo,
sozinho,
vazio...
e atravesso a noite à tua procura,
tão somente à procura...
à procura do teu grande amor.
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