segunda-feira, 11 de maio de 2009

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Quase um milhão roubado em tabaco



O problema não é de agora, mas está a ganhar proporções alarmantes. Nos últimos dois meses, vinte e uma carrinhas de tabaco foram assaltadas. Só em Lisboa conta-se já 11 roubos, concretizados por norma de forma organizada e com recurso a armas de fogo. A estes somam-se seis no Norte do País e quatro no Alentejo e Algarve.
Juntando aos cerca de quarenta roubos até Março, dá um total de 61 roubos em menos de cinco meses. Tendo em conta que cada carrinha leva uma carga avaliada em dez mil euros, no mínimo, até agora os assaltantes das carrinhas de tabaco arrecadaram pelo menos 600 mil euros.
Mais: as máquinas de tabaco estão também a saque. A associação do sector fala em cerca de 150 máquinas desde o início do ano, que, carregadas, correspondem a dois mil euros cada. São perto de 300 mil euros. Assim, em cinco meses as empresas têm já um prejuízo total – entre carrinhas e máquinas – de quase um milhão.
Os números, avançados pela Associação Nacional de Grossistas de Tabaco, ilustram a tendência crescente da violência deste tipo de ocorrências. "Estamos desesperados com toda esta situação e já não sabemos o que fazer para contornar o problema. Temos muito medo das falências, mas o pior é se começamos a perder vidas", conta Jorge Duarte, presidente da associação, que não poupa críticas à Justiça.
"Estamos decepcionados com a forma com que nos tratam. Os ladrões usam facas, pistolas, até metralhadoras, e quando são presentes ao juiz não lhes acontece nada", salienta. Para fazer face ao problema têm sido adoptadas medidas preventivas, como o carregamento de apenas metade das mercadorias, mas não são suficientes, "até porque não garantem que os funcionários não serão agredidos".
O tabaco roubado é depois vendido no mercado paralelo a baixo preço.

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