sábado, 9 de maio de 2009
Um Poema Para Ti II
Procurando-te...
De volta ao meu caminho,
nesta incessante procura de ti,
sigo viagem rumo ao desconhecido.
Vou colhendo pedaços de ti,
naquele anjo azul,
naquele passo mágico,
resquícios que me dizem
que já estiveste ali,
mas que já partiste.
Encontro-te em muita gente mas,
apenas por um instante,
apenas como um truque,
um passe de magia,
porque,
no segundo seguinte
já lá não estás.
Houve um momento
em que acreditei
ter chegado antes de ti,
ter-te recebido de braços abertos,
ter-te dado a minha alma,
ter ficado contigo.
Este instante,
de anos feito,
revela-se agora vazio de ti,
deixaste-me a tua lembrança,
mas a tua alma,
voou,
para outro abrigo,
deixando-me atrás no tempo.
Mais uma vez,
devo seguir o meu caminho,
procurar-te,
numa outra forma qualquer,
encontrar-te num olhar de emudecer.
Dou comigo a pensar,
se não seria melhor deixar-me ficar,
quieto,
esperando que tu me encontres,
voluntariamente,
sem fugires de mim,
neste jogo que nos leva à loucura,
numa partida
onde apenas os breves momentos de encontro,
satisfazem a saciedade
de uma saudade prolongada
que se arrasta com o próprio tempo.
Sobra-me a tua ausência,
falta-me a força
que me impele a procurar-te de novo.
Quiçá num último fôlego,
de novo só,
sigo pelo estrada infinita,
procurando-te,
nesta derradeira viagem
que um dia
me fará acabar
numa berma qualquer do caminho,
morto pela tristeza de não te encontrar,
desfalecido pela angústia
de pensar que não queres ser encontrada…
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário
Esteja à vontade para deixar o seu comentário