quinta-feira, 23 de abril de 2009

Viva Com Saúde


Hipnose clínica

Quando integrada numa terapia psicológica, pode facilitar o tratamento de problemas de saúde físicos e mentais.



Esqueça todas as ideias mais ou menos folclóricas que já viu ou ouviu sobre hipnose. A técnica de de que lhe vamos falar reveste-se de seriedade e rigor científico empiricamente sustentado.
A hipnose clínica consiste na aplicação de um conjunto de técnicas psicológicas (de sugestão e hipnóticas), integrada numa abordagem terapêutica mais ampla, que visa a resolução de problemas de saúde (mentais e somáticos).
Não se trata de uma terapia por si só, mas sim de um conjunto de técnicas específicas que podem ser usadas no âmbito de uma terapia psicológica.
De acordo com o psicólogo clínico Carlos Manuel Lopes Pires, professor na Faculdade de Psicologia da Universidade de Coimbra, "a sua utilização como terapia autónoma, fora de um enquadramento médico-psicológico, não faz qualquer sentido, configurando o que se pode chamar má prática profissional, eventualmente fraudulenta".
Hipnose clínica: sim ou não?
A inclusão de técnicas hipnóticas ou de sugestão no plano terapêutico depende da existência de elementos (por exemplo, a própria pessoa manifestar esse interesse) que levem o profissional (médico ou psicólogo) a acreditar que será benéfica para o doente.
Para tal, é necessário fazer, previamente, uma avaliação das características pessoais da pessoa, para se estabelecer o grau de sugestionabilidade ou susceptibilidade hipnótica da pessoa.
De acordo com Carlos Lopes Pires, "a grande maioria das pessoas é razoavelmente hipnotizável, mas precisa de treino para poder beneficiar, do ponto de vista terapêutico, destes procedimentos. Só uma minoria (talvez 5-10%) é altamente hipnotizável".
"O psicólogo norte-americano Ernest Hilgard (um dos mais importantes investigadores nesta área) chama a estas pessoas virtuosas", sublinha.

Como se processa o tratamento?

Segundo a Sociedade Psicológica Britânica, o termo hipnose designa a interacção que se dá entre uma pessoa, o hipnotizador, e outra pessoa ou pessoas, o sujeito ou sujeitos. Nesta interacção, o hipnotizador tenta influir na percepção, sentimentos, pensamentos e condutas dos sujeitos, através de comunicações verbais, designadas sugestões.
Os detalhes das técnicas de indução e das sugestões hipnóticas diferem segundo os objectivos de quem a pratique e dos propósitos da terapêutica.
Tradicionalmente, as técnicas de indução incluem sugestões para relaxar, ainda que a relaxação não seja uma parte necessária para a hipnose, podendo-se usar uma ampla variedade de sugestões, incluindo as sugestões de alerta.

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