Perdão sem desculpa...
Quem não diz, de seus sentimentos,
é asa que voa e cai no mar.
Naturalmente, que as pessoas, não podem
adivinhar, o que sentimos, ou o que temos para
dizer, se não dissermos, o que nos atormenta,
levando em conta, de que, do outro lado, há
uma obrigação, em nos entender, por meias palavras.
É então, que nasce, nosso ser, já meio perdido.
E, não há pior, comportamento, do que exigir, dos
outros, um qualquer sentimento, de culpa,
quando sentimos fugir, por entre nossas mãos,
a corda, à qual, nos agarramos, enquanto a morte,
nos espera, sempre pelo lado mais fraco:
a sensibilidade, que nos vive, à flor da pele.
Entendo, que, cada um, se expresse, da melhor
maneira que sabe, para que dessa forma, se faça
entender. Mas, como o vento, assim a brisa, que, a
nosso rosto, ousou tocar, e, subitamente, partir,
deixando-nos, de lágrimas nos olhos, e, na
garganta, a palavra: sem ter, porque dizer.
No entanto, na maior parte, das vezes, basta um
marulhar de ondas, sentir a água do mar, nossos
pés descalços, mar a dentro, e, alguém correndo,
chamando pelo nosso nome, braços abertos,
num encontro, peito com peito, coração com coração,
e, uma só palavra, «amo-te», sussurrada, ao ouvido.
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