quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
Marcas do tempo...
Vago em pensamentos por uma eternidade,
em desafio à sua percepção do meu olhar.
Em meu rosto petrificado
já não se pode enxergar
o sorriso que em minha alma havia,
nem em meus olhos vidrados
as lágrimas que ora deles transbordam.
Meus membros,
tão fortes, sólidos, admiráveis,
não são capazes de me levar
ao encontro do que procuro.
Castigado pelas eras
não vejo luz ou escuridão.
Habitado por alguns
que de mim nem conta dão.
Meu semblante marmorizado,
frio, inexpressivo, à força forjado,
pela chuva é lavado e ao sol secado.
Trago apenas que não são de mim
as marcas do tempo sem início ou fim.
Mas com algum desejo
que atravessa o tempo,
ainda procuro,
na verdade espero,...
quem trará o beijo
que me dará de volta à vida.
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